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A poucos quilómetros de Lisboa, a Tapada Nacional de Mafra permanece um destino perfeito para uma saída na Natureza em família ou com os amigos. A Travel & Safaris foi visitá-la e conta-lhe tudo!

Fotos Tapada Nacional de Mafra

Imagine passar um dia inteiro recheado de experiências únicas, fazer um piquenique sem preocupação num lugar absolutamente paradisíaco e poder ainda reservar uma cesta de piquenique cheia de experiências degustativas que estará à sua espera na hora marcada. Os dias marcam-se assim na maravilhosa Tapada Nacional de Mafra, onde também podemos optar por ficar alojados na floresta, no conforto da Casa do Salabredo, um refúgio verdadeiramente perfeito com sete quartos e duas salas de estar, cada uma com lareira, sala de refeições e várias casas de banho num cenário que aposta na sustentabilidade e na manutenção da linha pitoresca e rural da casa.

Um paraíso de riqueza ímpar

Floresta madura com 833 hectares com uma grande biodiversidade, a Tapada Nacional de Mafra chegou aos dias de hoje constituindo um local ímpar para a investigação, divulgação e preservação do nosso património natural.

A sua constituição remonta ao século XVIII, mais especificamente a 1747, quando a mando do Rei D. João V foram compradas as terras para se constituir a Real Tapada que servia de área de lazer para a corte além de fornecer água, lenhas e produtos agrícolas ao Palácio Real e ao convento. Aqui podemos ainda encontrar infraestruturas que dão nota da sua riqueza histórica, como o aqueduto com 4560 metros que ia desde uma das zonas de maior abastecimento dentro da Tapada Real até ao Palácio Real, ou o pavilhão de caça do Rei D. Carlos. Encontramos ainda um vasto acervo de materiais de atrelagem e um serviço de Alcântara encomendado pela Rainha D. Amélia para ser utilizado durante os almoços e recepções no Pavilhão de Caça quando o Rei D. Carlos participava em batidas na floresta.

Património que urge valorizar e preservar

Os inventários faunísticos e florísticos realçam a existência de cerca de 370 espécies neste território. Dessa biodiversidade destacam-se espécies com estatutos de conservação mais sensíveis que funcionam como bioindicadores, comprovando que aqui estão reunidas as condições de abrigo, alimento e conservação que levam à sua fixação. Desde a águia-de-Bonelli (aquila fasciata), passando pelo morcego-de-Bechstein (myotis Bechsteinii) com estatutos “em perigo” até ao açor (accipiter gentilis), ao morcego-de-ferradura-pequeno (rhinolophus hipposideros) e à víbora-cornuda (vipera latastei) de estatuto de conservação “vulnerável”, são diversos os exemplos que atestam a importância desta propriedade.

Realça-se a existência de três grandes monumentos naturais; um castanheiro-da-Índia, uma olaia e um sobreiro, árvores classificadas como de interesse público devido à sua dimensão e idade estimada. O sobreiro encerra uma curiosidade – não foi descortiçado pelo menos desde os anos 40, apresentando uma idade estimada em 400 anos.

O castanheiro-da-Índia (aesculus hipocastanum L.) e a olaia (cercis siliquastrum L.), acredita-se terem sido plantados no reinado de D. Luis I por ordem do seu pai D. Fernando II. Ainda no Celebredo encontramos um jardim de apoio à Casa do Salabredo e antigas cavalariças.

Reconhecida Património Mundial pela UNESCO

A 7 de Junho de 2019, na 43ª Sessão do Comité do Património, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em Baku, no Azerbaijão, vive-se mais um marco importante na valorização da área em toda a sua dimensão cultural, histórica e ambiental. A Tapada Nacional de Mafra, em conjunto com o palácio, a basílica, o convento, o jardim do cerco e a tapada militar, é inscrito como o Real Edifico de Mafra na lista do Património Cultural Mundial da UNESCO, tendo a sido proposta à inscrição no que respeita a declaração de valor excecional universal. A Tapada Nacional de Mafra foi também reconhecida pela UNESCO e certificada pela Biosphere como destino turístico sustentável por uma gestão alinhada com os 17 objetivos para o desenvolvimento sustentável definidos na Agenda 2030 das Nações Unidas.

Um lugar de preservação e de sensibilização para as questões ambientais

Perseguindo uma atitude consciente, toda a gestão da Tapada Nacional de Mafra é focada na conservação da biodiversidade, promovendo-se o seu usufruto e tornando-se a própria um importante instrumento de sensibilização ambiental. Neste sentido, pretende-se através dela proporcionar diferentes experiências adequadas a diferentes tipologias de público que aqui encontram várias modalidades de visitas que aliam a diversão a momentos de puro relaxamento em contato com a Natureza e o exercício físico, mas também a uma aprendizagem que promova uma convivência equilibrada entre os visitantes e as várias espécies que aqui habitam.

A disponibilidade de experiências proporcionada na Tapada Nacional de Mafra vai-se alterando ao longo do ano mas podemos contar sempre com a disponibilidade dos percursos pedestres – um mais pequeno e três de maiores dimensões. Os percursos de bicicleta e as visitas guiadas mais sustentáveis recorrendo ao uso de carros elétricos, as experiências de falcoaria, o atelier de apicultura e até o circuito de arborismo representam pontos fortes de atração dos visitantes a este lugar tão especial.

Apenas a 30 minutos de automóvel de Lisboa, a Tapada Nacional de Mafra permite-nos assim criar memórias em cada visita. Escolher vivenciar uma experiência aqui significa poder contemplar, fotografar os animais que calmamente cruzam os nossos percursos e sentir a Natureza em toda a sua plenitude. Esta floresta única é morada de gamos, veados, javalis, texugos, raposas, aves de rapina, morcegos, cobras, rãs e sapos, borboletas e mais, muitos mais!

www.tapadademafra.pt

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