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Sião até 1939, não caiu nunca sob domínio colonial europeu sendo governada como monarquia absoluta até à revolução de 1932, data a partir da qual passou a monarquia constitucional e conheceu nova identidade como Reino da Tailândia. De norte a sul, mostramos-lhe o melhor deste país verdadeiramente encantador

Cercado a oeste pelo Myanmar, pelo Laos a norte e a oeste, pelo Camboja a sudeste e pelo golfo a sul, o Reino da Tailândia estende-se a sudoeste ao longo da península da Malásia. Se não for aqui que se esconde a lendária fonte da felicidade, então provavelmente ela não existirá em qualquer outro canto do mundo. Apelidada por justificadas razões como a terra dos sorrisos, a Tailândia é de tal beleza, riqueza, requinte, simplicidade e autenticidade e as suas gentes de uma natureza tão gentil que se torna impossível não trazer um permanente sorriso connosco aquando de uma visita a estas paragens.

Chiang Mai
Segunda cidade mais importante do país, Chiang Mai é absolutamente diferente da capital, mantendo-se mais pequena, mais artística e com uma prevalência de espaços verdes muito mais acentuada, nomeadamente nas colinas que a cercam e onde florescem belas construções de madeira. Aqui há que aproveitar para acordar cedo e, ainda com a névoa das primeiras horas do dia, assistir aos desfiles de monges vestidos de açafrão a recolher as esmolas em torno do Templo Doi Suthep, que se situa no topo da montanha. A subida às montanhas é, aliás, uma das imagens de marca de Chiang Mai desde a década de 70, com as suas colinas de arvoredo a proporcionar passeios verdadeiramente inesquecíveis. Famosa pelos templos budistas que ali se encontram, foi a capital do Reino de Lanna até 1558, tendo sido fundada no final do século XIII.

Sukhothai
Classificada Património da Humanidade pela UNESCO em 1991, Sukhothai, na região central da Tailândia, e cujo nome traduz a ideia do nascimento da felicidade, floresceu entre meados do século XII e finais do século XIV, período encarado como a idade de ouro da civilização tailandesa, e embora seja consensual entre a maioria dos historiadores que a história do povo tailandês se tenha iniciado muito antes, Sukhothai é tradicionalmente encarado como “o primeiro reino tailandês”. É aqui que encontramos algumas das mais românticas ruínas do país.

Banguecoque
Na língua tailandesa é “cidade dos anjos, grande cidade dos imortais, magnífica cidade das nove gemas, sede do rei, cidade dos palácios reais, lar dos deuses encarnados, erguida por Visvacarma sob comando de Indra”. Banguecoque terá encontrado identidade num pequeno povoado próximo do ponto onde nasceu chamado Krung Thep, ou cidade dos anjos. O nome Banguecoque chegou mais tarde, derivando de Ban Kok, ou aldeia das oliveiras, uma pequena aldeia de pescadores localizada nas proximidades. Os canais que a atravessam valem-lhe a fama de Veneza do Oriente, como também é conhecida, sendo que o título de “cidade do pecado” só lhe seria atribuído já nos anos 60 do século XX em virtude do “negócio” largamente promovido por Udom Patponsiri, que entre as ruas Silom e Suriwong criaria a chamada red light district da cidade. Patpong floresceria como centro de clubes nocturnos com oferta erótica para todo o tipo de procura.
Mistura entorpecedora, vibrante e sem dúvida desconcertante do antigo com o moderno personalizada no conjunto formado por templos de eras passadas e por arranha-céus, Banguecoque é o Grand Palace onde residiram os dignitários do antigo reino do Sião, é o Templo do Buda de Esmeralda e o Buda reclinado de Wat Pho, é a agitada e movimentada Khao San Road, a “avenida” de pouco mais de 400 metros que a grande maioria dos viajantes procura e que, de acordo com a Khao San Association durante a época alta de 2018 contou diariamente com 40 a 50 mil turistas. Banguecoque guarda também uma réstia dos tempos menos agitados nos mercados matinais de flores e nas estreitas ruas e canais do bairro de Thonburi, onde nasceu em finais do século XVIII, e onde podemos observar os locais a jogar mahjong, mas para conhecer o coração da Cidade dos Anjos, há que seguir o Rio Chao Phraya, a artéria da cidade que passa por altares sagrados como o Wat Arun ou Templo do Amanhecer. Os mercados flutuantes são uma imagem de marca, destacando-se talvez o Tha Kha em Samut Songkhram como mais autêntico, onde se acumulam embarcações cheias de flores, frutas e vegetais. Nas imediações da cidade fica o Parque Nacional de Khao Yai, um dos melhores pontos do sudeste asiático para observar elefantes selvagens.

Koh Kood
Para uma experiência de absoluta descontracção e viajar até aos tempos em que a Tailândia primava por praias desertas e descobrir um lugar onde pendurar uma rede e adormecer ao ritmo das águas do Golfo da Tailândia, há que rumar à costa oriental do país e visitar esta ilha montanhosa que se caracteriza por exuberantes lagoas em plena selva e por quedas de água cristalina e desfrutar em pleno de uma paisagem rural.
Koh Tao
Uma das mais pequenas ilhas tailandesas, Koh Tao destaca-se pela oferta aos praticantes de mergulho, que aqui podem nadar com tubarões e raias, enquanto o verde intenso da selva convida às caminhadas. Aqui as águas azuis coral contrastam com o branco das areias costeiras.

Koh Phangan
Os apreciadores de festas deverão visitar esta ilha do Golfo da Tailândia durante a lua cheia, período durante o qual se organizam celebrações que consistem em festas que duram a noite inteira ao som de música electrónica e muitas, muitas bebidas… Mas a ilha é muito mais do que as suas Full Moon Parties. Na verdade, e embora estas festas sejam mundialmente conhecidas, a região ocidental da ilha é bastante tranquila. O mergulho e o yoga são modalidades às quais qualquer visitante poderá entregar-se havendo de facto bastante oferta neste sentido. Os passeios de barco, a visita às diversas quedas de água, aos mercados e o mergulho são apostas irresistíveis, a par com desportos mais radicais como o arborismo, o kite surf ou slip’n fly.

Koh Samui
Trata-se de uma das mas famosas ilhas tailandesas. Descontraída, paraíso de veraneio, destino de fitness, cenário idílico de férias em família ou até reduto do jet set, Koh Samui pode ser um pouco de tudo. Aqui a oferta é muitíssimo variada, não faltando o que fazer, desde a visita às ilhotas mais próximas, ao passeio ao Parque Natural Marinho de Ao Thong ou mesmo a passar horas esquecidas entregue a sessões de spa e a maravilhosas massagens que fazem deste local um dos melhores destinos de wellness do mundo…

Khao Phing Kan
Quase completamente coberta por arbustos decíduos e árvores perenes, Khao Phing Kan, a ilha cujo nome traduz “colinas encostadas umas às outras” permaneceu fora dos radares dos viajantes até 1974, ano em que foi escolhida como cenário das filmagens do filme 007, O Homem da Pistola Dourada, com Roger Moore a protagonizar James Bond e a atrair milhares de turistas àquelas paragens. A popularidade foi de tal ordem que a ilha chegou a ver-se aflita com a quantidade de lixo ali deixado, voltando a assumir um papel preponderante pela positiva em 1981 ao integrar o Parque Nacional Marinho de Ao Phang-Nga e passando a primar por práticas mais cuidadosas no que respeita ao ambiente.

Ilhas Similan
Um dos mais famosos arquipélagos do Mar de Andamão, as Ilhas Similan são célebres principalmente graças às maravilhas naturais que habitam as suas águas azuis claras. Tratando-se de um dos pontos mais interessantes de todo o planeta em termos de mergulho, situam-se a cerca de 84 quilómetros a noroeste de Phuket. O nome deste pequeno arquipélago deriva do malaio Sembilan, que na língua original significa nove, sendo que a cada ilha corresponde não apenas um nome mas também um número e, neste caso, ao total junta-se uma décima ilha – Koh Bon – que integra o Parque Nacional de Similan. Nas suas águas do lado oriental encontramos suaves declives em recifes de coral e do lado ocidental enormes pedras de granito subaquático, sendo profícua a vida marinha ali presente, desde tartarugas verdes, estrelas-do-mar gigantes, peixes-papagaio e peixes-palhaço. De Khao Lak partem embarcações de visita às ilhas entre Outubro e Maio, encerrando-se o seu acesso durante o resto do ano para efeitos de protecção e preservação do ecossistema marinho.

Ko Hong
Situada na costa de Krabi e facilmente acessível a partir da Praia de Ao Nang, a ilha de Koh Hong encontra-se dividida em duas partes por duas gigantescas rochas, com a zona mais atraente situada entre as rochas e as falésias calcárias, com condições idílicas para nadar e fazer snorkeling, areias brancas e paisagens absolutamente esmagadoras. A lagoa verde-esmeralda cercada por rochas no centro da ilha convidará a um deslumbrante mergulho antes do regresso ao continente, já que a permanência na ilha não será possível.
Ko Yao Noi
Apesar de estar localizada no coração da Baía de Phang Nga entre dois dos mais turísticos destinos na Tailândia (Puket e Krabi), Ko Yao Noi é incrivelmente serena, com as suas plantações de árvore-da-borracha e algumas ruínas de aldeias de pescadores, a par com as praias de areias brancas banhadas por águas azuis esverdeadas com vista sobre a própria baía e as falésias calcárias.

Railay
Eis o clássico do imaginário acerca da Tailândia – embarcações de madeira a boiar num mar de águas verdes transparentes, praias de areias brancas e finas encostadas a falésias cobertas de verde e cuja altitude atrai muitos montanheiros mas com alguns resorts confortáveis e também uma razoável oferta de restaurantes. No lado ocidental da ilha, ao qual se acede por um trilho partindo do lado oriental e que atravessa uma densa selva, localizam-se as ofertas de alojamento mais luxuosas e dispendiosas. No lado oriental e também ponto de chegada à ilha através de Krabi ficam as mais simples e acessíveis.

Phuket
É na famosa Phuket que encontramos uma maior diversidade, seja na alimentação, na presença de vida selvagem ou na oferta de design hotéis. Chamada por muitos de Pérola do Mar de Andamão, há muito tempo que Phuket atrai celebridades e membros do jet set internacional em tempos de férias e que surgem para desfrutar de hotéis de luxo, de spas absolutamente deliciosos, sempre de olhar pousado nos seus iates enquanto bebem saborosos cocktails de champanhe. As suas praias são consideradas como algumas das melhores de todo o continente asiático.

Koh Lanta
Não será fácil lá chegar, mas assim que mergulhar os pezinhos naquelas areias e nas suas águas cristalinas, verá que o esforço valeu a pena. Aqui a atmosfera é descontraída e as praias um misto de águas mornas e de piscinas rochosas repletas de peixes-bandeira, mas é o mergulho que atrai a maioria dos visitantes seja para realizar um curso numa das suas muitas escolas, seja para ter oportunidade de avistar um tubarão leopardo ou uma jamanta.

Koh Mook
Muito menos turística do que as vizinhas Phi Phi ou Phuket, Koh Mook conta com falésias calcárias, praias paradisíacas, selva densa e até cavernas para explorar. Há quem chegue para passar um dia e acabe por ficar uma semana, não hesitando em apreciar um pôr-do-sol na Charlie Beach, visitar a aldeia piscatória de Baan Koh Mook, dar um passeio de canoa ou de kayak, acordar bem cedo e assistir ao nascer-do-sol e descontrair na praia antes de regressar ao continente.

Koh Tarutao
A maior ilha do Parque Nacional Marinho de Tarutao, na província de Satun, no sul da Tailândia, Koh Tarutao conta com 26 metros de comprimento e 11 de largura, tratando-se de uma das ilhas mais intocadas do Mar de Andamão e de todo o país. Representando um dos mais belos pontos tailandeses que se encontra numa região remota e que, por integrar um parque nacional, só recebe visitas entre Outubro e Maio, encontra-se ainda em condições pristinas de perfeita conservação.

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