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Castelos do Vale do Loire

São cerca de cem os pontos de interesse que se podem visitar ao longo do Loire e dos seus afluentes. Localizados numa região privilegiada pela beleza, pelo romantismo e pela história, mergulhamos num périplo por uma selecção dos mais belos castelos

Fotos D.R.

Património Mundial da Unesco graças à sua beleza e riqueza histórica, os castelos do Vale do Loire representam uma verdadeira obra arquitectónica, plenos de memórias históricas que vale a pena visitar, erguendo–se ao longo do rio que lhes dá referência. A pé, de bicicleta, de barco ou mesmo de balão, proporcionam-se aqui passeios absolutamente maravilhosos que se cruzam com tesouros perdidos no tempo e em excelente estado de conservação.

Castelo de Chambord

O Castelo de Chambord é um dos mais famosos de todo o mundo em virtude da sua arquitectura renascentista, que combina formas medievais tradicionais francesas com as clássicas estruturas italianas. Trata-se do maior palácio do Vale do Loire, tendo, no entanto, sido construído para servir apenas como pavilhão de caça do Rei Francisco I. Há quem afirme que Leonardo da Vinci, amigo e convidado do monarca, terá sido responsável pelo seu desenho original com base em planos concebidos para Romorantin e o seu interesse no planeamento central e na escadaria em dupla hélice, mas até hoje não existem conclusões definitivas.

Obra magistral da arquitectura que ainda hoje atrai inúmeras visitas dada a sua beleza, foi habitado pelo seu proprietário apenas sete semanas distribuídas por curtas visitas de caça. A contribuir para que assim fosse, teria sido erguido sobretudo com a finalidade do entretenimento, para caçadas, e a deslocação para este verdadeiro monumento implicava que toda a mobília, coberturas de parede, utensílios de cozinha e a própria alimentação acompanhassem o soberano para este lugar retirado e bastante isolado de qualquer povoação. Após a morte de Francisco I seria quase devotado ao abandono, tendo sido recuperado em 1639 por Luís XIII, que o passou para o irmão Gaston, duque de Orleães. Luís XIV investiria mais tarde nele, mobiliando-o, restaurando a fortaleza e erguendo ali um estábulo para 300 cavalos. Nesta época o espaço foi de facto muito mais visitado. Em 1745 passaria das mãos reais para Maurice de Saxe em virtude do seu préstimo em combate, que ali instalaria um regimento militar. Após a sua morte, em 1750, o edifício não voltaria a conhecer qualquer habitante até 1792, quando o Governo Revolucionário o desproviu de mobílias, painéis, soalhos e portas apaineladas, que na altura foram queimadas para aquecer as salas durante as vendas do mobiliário. Seguir-se-ia outro período de abandono, apenas interrompido quando Napoleão o entregou ao líder militar Berthier, sendo mais tarde adquirido pelo duque de Bordéus, Henri Charles Dieudonné, que com ele adquiriu o título de conde de Chambord. O conde haveria de ser exilado em 1830 e durante a Guerra Franco-Prussiana o palácio seria utilizado como hospital de campanha. Pouco antes da Segunda Guerra Mundial, Chambord receberia as colecções de arte dos museus do Louvre e de Compiègne, guardando obras como a Mona Lisa e a Vénus de Milo, tornando-se propriedade estatal em 1930 e representando actualmente uma das maiores atracções de França, onde à noite se pode inclusivamente assistir a espectáculos de luz na facada principal

Site: www.chambord.org/fr

Castelo de Blois

Localizado no centro da cidade de Blois, este castelo é composto por vários edifícios cuja construção decorreu entre o século XIII e século XVII em torno do mesmo pátio central. Representou morada de reis e foi também aqui que o arcebispo de Reims abençoou Joana d’Arc quando esta partiu ao comando do batalhão que derrotaria os ingleses em Orleães. Na arquitectura, além da óbvia beleza que lhe é própria, destaca–se a escadaria em espiral construída na ala de Francisco I. Foi também ali que nasceu uma das mais importantes bibliotecas pelas mãos do mesmo soberano e que mais tarde viria a ser transferida para Fontainebleau e apelidada como “Bibliothèque Nationale” e seria ali que Maria de Médicis viria a recolher–se após a morte de Henrique IV. Com a chegada da Revolução Francesa, o palácio ficaria ao abandono durante cerca de 130 anos depois de os revoltosos ali destruírem qualquer vestígio de realeza ou de nobreza, saqueando igualmente o seu interior. Em 1841 seria declarado património nacional, sofrendo obras de restauro e de transformação em museu.

Site: www.chateaudeblois.fr

Castelo de Beauregard

A história de Beauregard começa no século XV, com François Doulcet, senhor daquelas terras, a mandar erguer ali uma construção que haveria de ser-lhe retirada por Luís XII em virtude de ter delapidado a coroa aquando das campanhas de Itália. Francisco I usá-la-ia como pavilhão de caça que ofereceria ao tio René de Savoie em 1520 e que em 1545 seria vendida a Jean du Thier, secretário de estado e das finanças do rei Henrique II. Entre 1553 e 1559 Thier realizaria ali importantes trabalhos que transformariam Beauregard num dos grandes castelos do Vale do Loire. Já no século XVII, Paul Ardier, ministro de Luís XIII, retirar-se-ia da vida política e compraria a propriedade para ali viver os seus últimos anos de vida. Da sua presença no castelo restaria a magnífica obra de decoração da galeria, na qual entre 1620 e 1638 seriam colocados nada menos do que 327 retratos das mais ilustres personagens da história europeia que de algum modo influenciaram a história política de França, entre as quais Joana d’Arc, Diane de Poitiers, Cristóvão Colombo e o nosso D. Manuel I, representando esta colecção a mais importante do género em todo o continente e narrando a história de França entre 1328 e 1643. Destacam-se ainda aqui os ladrilhos de Delft, obra absolutamente magnífica, e as decorações em lápis-lazúli, que à época era ainda mais valioso do que nos nossos dias. O século XIX traria a destruição da ala oeste do castelo e o seguinte a sua modernização, pelas mãos da família Tillier. Actualmente o castelo de Beauregard pertence à família Du Pavillon, que o detém desde 1925 e que o recuperou e abriu ao público.

Site: www.beauregard-loire.com/en

Castelo de Cheverny

Localizado em Sologne, na comuna de Cheverny, pertenceu originalmente a Henri Hurault, conde e general dos exércitos do rei e tesoureiro militar. Tal como aconteceu com outros palácios, viria a ser confiscado pela coroa e doado por Henrique II à amante Diane de Poitiers, que preferia o Castelo de Chenonceau e que o vendeu a Philippe Huralt, filho do primeiro proprietário, que então ali ergueu o palácio que actualmente conhecemos. O castelo mais tarde sairia das posses da família, regressando no entanto em 1824 e nesta permanecendo até aos dias de hoje. A família reside ainda ali, tendo aberto as suas portas às visitas do público já em 1914. Um dos mais célebres castelos do Loire, Chenonceau apresenta traços clássicos e mantém a decoração própria do século XVII. Nos cerca de cem hectares de parque que o cercam, reconstruiu-se um jardim tipicamente francês, com uma alameda principal a medir aproximadamente seis metros. Destaca-se ali a sala onde se encontram expostos dois mil chifres de veados, o que alude à sua ainda actual utilização para a caça, existindo ali uma matilha de 50 cães que acompanham a caça a cavalo. Foi este castelo que serviu de inspiração a Hergé para a criação do famoso castelo ficcional do Capitão Haddock, o Castelo de Moulinsart, presente nas famosas obras O Segredo de Licorne e O Tesouro de Rackham, o Terrível.

Site: www.chateau-cheverny.fr

Castelo de Amboise

Debruçado sobre o Loire, nasceu no século XI. No século XV seria confiscado por Carlos VII depois do seu proprietário de então, Luís d’Amboise, ser acusado de conspirar contra Luís XI. A partir de então, o edifício não parou de encantar a família real, tornando-se mesmo o favorito de alguns dos seus elementos, como Carlos VIII, que ali nasceu e faleceu, tendo sido o responsável pela introdução de motivos decorativos renascentistas na arquitectura francesa, especificamente neste castelo. Amboise representa também o primeiro lugar onde se organizou um jardim à maneira italiana. Foi ali que Francisco I foi proclamado rei e foi este também o destino de muitos convívios entre o monarca e Leonardo da Vinci, que ficou a morar e a trabalhar no vizinho Clos Lucé, que se encontrava ligado ao palácio através de uma passagem subterrânea. Leonardo seria ali sepultado, na Capela de Saint-Hubert, ela própria anexa ao castelo. Foi também aqui que Henrique II e Catarina de Médicis criaram os filhos, juntamente com Maria Stuart, rainha da Escócia. Aquando das guerras religiosas de França, Amboise foi cenário da Conjuração de Amboise, que deixaria à vista os conflitos que mais tarde viriam a dar-se entre católicos e protestantes e que levou a que 1200 protestantes fossem enforcados, pendurados nas muralhas da cidade suspensos em ganchos de ferro e deixando nela um nauseabundo cheiro libertado pelos corpos. O Castelo de Amboise perderia nesta altura o interesse real, sendo mais tarde usado como prisão, aquando da Fronda. Na Revolução Francesa sofreria graves destruições, só se recuperando graças ao Rei Luís Filipe em meados do século XIX, altura em que acabou por ser confiscado pelo governo depois de o mesmo abdicar. Voltaria mais tarde aos descendentes de Luís Filipe e em 1940 seria novamente alvo de grandes danificações pelas forças nazis. Actualmente pertence ao conde de Paris, que o mandou reparar e mantém abertas as suas portas ao público.

Site: www.chateau-amboise.com/pt

Castelo de Chenonceau

Também chamado Castelo das Sete Damas por estar ligado à presença de sete mulheres de forte personalidade que influíram na sua vida, ergue-se as margens do Rio Cher, e representa uma mistura entre o gótico tardio e o renascimento, tratando-se do segundo castelo mais visitado de França, logo a seguir ao Castelo de Versailles. Remonta ao século XIII, descendendo de um pequeno castelo erguido naquela altura por Jean Marques, cujo filho se veria obrigado a vendê-lo em virtude de dívidas. Thomas Bohier, camareiro de Carlos VIII de França, tornar-se-ia o novo proprietário conservando a torre de menagem e construindo uma residência inteiramente nova entre 1515 e 1521, residência essa onde o próprio Rei Francisco I ficaria hospedado duas vezes. Mais tarde, este reclamaria a sua posse ao herdeiro de Bohier por débitos não pagos à coroa. Seria Henrique II a proporcionar um dos grandes momentos deste espaço, depois da morte do anterior soberano, ao oferecê-lo à amante Diane de Poitiers, que lhe ficou absolutamente rendida, mandando construir a ponte arcada e deste modo ligando o castelo à margem oposta. Mandou ainda plantar enormes jardins de flores e de vegetais, bem como uma extensa variedade de árvores de fruto. Todo este investimento ficar–lhe-ia no entanto perdido já que, após a morte de Henrique II, Catarina de Médicis, viúva e regente, a forçaria a trocar o castelo pelo de Chaumont-sur-Loire, mas este lugar exerceria novamente o seu poder magnético sobre a nova proprietária, que também por ele se apaixonou tornando-o a sua residência preferida. Com a regente, o Castelo de Chenonceau foi palco de espectaculares festas nocturnas, realizando-se ali as primeiras exibições de fogo-de-artifício aquando da celebração da ascensão de Francisco II ao trono. Catarina de Médicis deixou como marcas a construção de um novo aposento por cima da ponte que Diana de Poitiers havia mandado construir e que ficaria conhecido como a Grande Galeria. Médicis mandou também alargar os jardins e os parques e apostou na sua transformação tornando-o um dos mais disputados locais de grandes festas da época e das quais se destaca a recepção a Maria Stuart, que terá durado vários dias e na qual estiveram presentes cerca de mil pessoas. Em 1589, com a morte de Catarina de Médicis, o castelo mudaria novamente de proprietário, passando para o nome de Louise de Lorraine-Vaudémont, mulher de Henrique II, que ali recebeu a notícia do seu assassinato e mergulhou num estado de depressão do qual não mais saiu. Conta-se que durante esta época, o Castelo de Chenonceau foi palco de uma absoluta atmosfera de luto. Outro ponto alto da vida do palácio verificou-se já no século XVIII, quando Claude Dauphine tomou posse do mesmo e a sua mulher, Louise Dupin ali se reuniu com grandes nomes do iluminismo como Voltaire, Montesquieu, Buffon e Rousseau. Esta mesma mulher seria determinante na protecção do castelo aquando da Revolução Francesa face as investidas da Guarda Revolucionária, alterando inclusivamente a sua ortografia de Chenonceaux para Chenonceau, tentando deste modo agradar aos aldeãos, eliminando o “X”, símbolo de realeza de então. Até hoje, e desde 1913, o castelo pertence à família Menier (dos chocolates Menier). Durante a Primeira Guerra Mundial a sua galeria serviu de enfermaria hospitalar e representou uma rota de fuga da zona ocupada pela Alemanha nazi para a zona livre de Vichy aquando da Segunda Grande Guerra.

Site: www.chenonceau.com

Castelo de Villandry

Localizado na comuna de Villandry, trata-se do último dos grandes castelos junto ao Rio Loire a ser construído na época da Renascença, em 1536. Jean le Breton, então ministro das finanças de Francisco I, adquirira a propriedade e mandara arrasar a velha fortaleza do século XII que ali se encontrava, preservando-se no entanto a torre de menagem até aos dias de hoje. Fora nesta fortaleza que muito antes, em 1189, Henrique II de Plantageneta, rei de Inglaterra, e Filipe II de França assinariam a Paz de Colombiers, onde o primeiro assumia e reconhecia a sua derrota. Ao contrário da maioria dos outros castelos do Loire, Villandry conheceu poucos proprietários, tornando-se em 1906 posse do Marquês Joachim Carvalho, médico e ilustre nobre da Provença, que ali empreendeu inúmeros melhoramentos dedicando-se também à criação dos famosos jardins que atraem inúmeros visitantes, tendo inclusivamente sido percursor ao abrir as portas da propriedade à visita pública. Hoje o castelo pertence aos seus bisnetos.

Site: www.chateauvillandry.fr

Castelo de Azay-le-Rideau

Considerado como um dos modelos da arquitectura da renascença francesa, o Castelo de Azay-le-Rideau viu erguidas as suas duas alas no início do século XVI, tendo no século XIX adoptado a sua actual imagem. Edificado sobre uma pequena ilha do Rio Indre, emerge directamente a partir do rio, representando uma joia do renascimento e um exemplo do gosto por esta arte bem patente no final do século XIX. Em 1510, Gilles Berthelot, conselheiro do rei Luís XII e tesoureiro do reino, adquiriu a fortaleza medieval de Azay bem como as terras cercanias. Esta possessão senhorial reforçaria a sua nova posição social, ilustrando-se ao serviço do rei de França e criando novos impostos que, por sua vez, deveriam encher os cofres do reino. Pouco tempo depois de adquirir as terras de Azay, Berthelot mandaria abater parte da velha fortaleza ali existente para erguer um castelo ao gosto dos tempos de então e num tempo recorde a empresa estaria concluída, por volta de 1522. No entanto, Berthelot não haveria de disfrutar da obra. Como aconteceu com outros funcionários reais, tinha enriquecido em virtude das suas funções e de eventuais desvios de capitais da coroa. Francisco I ordenaria uma investigação que revelaria desfalques, com a subsequente execução de Jacques de Beaune Semblaçay, um dos financeiros. Receando a mesma sorte, Gilles abandona a mulher e castelo para não mais regressar, morrendo dois anos mais tarde em Cambrai. O castelo mudaria, então, de mãos para Antoine Raffin. A propriedade passaria de família em família até 1791, ano da sua aquisição pelo marquês Charles de Biencourt, mantendo-se nas mãos dos seus descendentes até ao século XIX e sofrendo importantes obras de restauro, das quais são exemplo o parque e o soberbo jardim oitocentista. Honoré de Balzac escreveria acerca dele como “um diamante facetado colocado no Indre”. Trocou novamente de proprietários no final do mesmo século e em 1905 foi adquirido pelo estado francês.

Site: www.azay-le-rideau.fr

Castelo de Rivau

O castelo medieval de Rivau está intimamente ligado à ilustre família Beauvau. Aparentada dos condes de Anjou, a família Beauvau passaria a estar ao serviço do rei de França no século XIII, já que representava uma aliada da família real através do casamento de Isabel de Beauvau com Jean II de Bourbon. Construído em 1420 e dote de Anne de Fontenay com Pierre de Beauvau, foi em 1442 transformado numa fortificação, sofrendo alterações e melhoramentos nas gerações seguintes. Humanizado pela Renascença, o Castelo de Rivau representou um dos espaços mais importantes de Touraine, citado por Rabelais, sendo poupado por Richelieu graças ao facto de a sua irmã ser casada com Jean de Beavau, o proprietário. Tornando-se príncipes da Lorena, os Beauvau deixaram Touraine em 1693. Ainda muito antes havia de passar por aqui Joana d’Arc para fornecer-se de cavalos de guerra aquando da Guerra dos Cem Anos e antes de sair vitoriosa do Cerco de Orleães, em 1429. Entre 1768 e 1796, o Castelo de Rivau passaria para a posse da família do proprietário de Villandry, e no início do século XIX, em 1918, o escultor Alphonse de Moncel de Perrin conseguiria a sua classificação como monumento histórico.

Site: www.chateaudurivau.com/fr

Castelo de Brézé

Classificado como monumento histórico situado a dez quilómetros de Saumur, o Castelo de Brézé representa um monumento único graças às grutas que mantém em excelente estado de conservação, à excelente decoração e à arquitectura neogótica que apresenta. A existência de um castelo nesta região data, pelo menos de 1063, surgindo mencionado numa carta da abadia de Saint Florent. O castelo é dotado de um património subterrâneo excepcional, composto por uma galeria de grande profundidade rica em escavações na própria gruta. Brézé convida certamente à descoberta da misteriosa existência dos primeiros senhores desta região. O percurso de visita de mais de um quilómetro subterrâneo dá-nos a noção de um sistema de defesa elaborado e criado para protecção face as invasões que ocorriam na Idade Média. A nove metros de profundidade, encontramos galerias concebidas há centenas de anos, como estábulos, cozinhas e pontos de luz. Também aqui os fossos secos deste castelo são absolutamente impressionantes dada a sua dimensão e profundidade revelando-se como os mais profundos da Europa e tendo sido escavados nos séculos XV e XVI. Os espaços ali concebidos são igualmente impressionantes. Monumento privado que atrai a curiosidade de mais de cem mil visitantes por ano, representa uma das propriedades do conde e da condessa de Colbert, descendentes de um dos principais ministros de Luís XIV.

Site: www.chateaudebreze.com

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