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Nobel da Paz David Beasley alerta para proximidade de um cenário catastrófico se os mais ricos não avançarem com medidas de combate à fome

Em entrevista à agência Associated Press, o Nobel da Paz David Beasley alertou que atenuar a fome e a desnutrição em 2021 será mais difícil do que em 2020 graças ao crescimento da Covid-19 e do devastador impacto económico por ela causado. “Fomos capazes de evitar (a fome) em 2020 porque os líderes mundiais responderam com dinheiro, pacotes de estímulo e diferimento de dívidas”, explicou, adiantando que “o nosso trabalho mais árduo ainda está por vir”, acreditando que a pandemia trará consigo “uma pandemia de fome”, com o mundo a assistir a “múltiplas fomes de proporções bíblicas”. De acordo com Beasley, que mantém conversações com diversos chefes de Estado, “o dinheiro que estava disponível em 2020 não estará disponível em 2021”, uma vez que a economia tem vindo a cair em todo o mundo, sendo essencial ter em mente que “agora, precisamos de nos concentrar nos icebergs e os icebergs são a fome, a desestabilização e a migração”. Segundo adiantou à Associated Press, o Programa Alimentar Mundial necessita de cerca de 15 mil milhões de dólares. Desta soma, será necessário canalizar um terço para evitar a fome e os outros dois terços para realizar programas globais da agência, como por exemplo o lanche escolar, muitas vezes “a única refeição que os jovens recebem”. Perante a gravidade e a dimensão do problema, David Beasley declara ter “uma grande esperança” de que os bilionários que lucraram com a pandemia possam ajudar na luta contra a fome.

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