Foram cerca de 200 as crias de elefantes que o Quénia viu nascer no ano passado
Conduzido pelo recentemente criado Wildlife Research and Training Institute, o inovador “National Wildlife Census”, cuja primeira contagem foi já realizada, servirá como base para futuras avaliações acerca da população de animais selvagens existente naquele país. Os primeiros resultados são fortemente animadores, já que se concluiu ter-se verificado um autêntico “baby boom”, com o nascimento de 200 crias de elefantes em 2020. De acordo com o secretário do gabinete do turismo e da vida selvagem Najib Balala, este aumento da população de elefantes dever-se-á à pandemia, que terá criado condições favoráveis à reprodução e gestação de novas crias. O mesmo censo revelou ainda que a população desta espécie aumentou 12% em 2020 e que a população de girafas terá crescido 49% durante os três últimos anos. Ficou também apurado que outras espécies enfrentam agora a extinção local, como a palanca vermelha e a palanca negra ou o bongo da montanha. As condições destas espécies agravaram-se em virtude da actividade humana, como a introdução de gado em áreas normalmente habitadas por animais selvagens, e graças a conflitos que forçaram as populações humanas a estabelecer-se e a plantar colheitas em regiões das quais os animais selvagens necessitam para sobreviver. “A informação obtida com este censo apoiará a implementação de políticas de conservação e de turismo e de acções que possam contribuir para uma gestão adaptativa, afirmou Balala. Para celebrar o considerável número de nascimentos e o compromisso com a conservação da vida selvagem, o Kenya Wildlife Service e o Magical Kenya organizaram uma cerimónia de adopção e baptismo de elefantes no passado dia 9 no Parque Nacional de Amboseli (Tembo Naming Festival) com o objectivo de “assegurar o futuro dos elefantes e do seu habitat numa coexistência pacífica com os humanos”, afirmaram os organizadores.