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Parabéns João Garcia!

Foi há 22 anos que João Garcia, o “nosso” grande alpinista conquistava o cume do Evereste, a montanha mais alta do mundo, com mais de oito mil e quinhentos metros de altitude, sem qualquer recurso a oxigénio artificial. Hoje temos o gosto de recordar esse dia de superação e homenageamos o homem que o João representa e que tão bem é espelhado numa frase de Shackleton que podemos encontrar na sua homepage: “A Antárctida, tal como os mas altos cumes dos Himalaias, é um símbolo do sonho incansável, do isolamento absoluto, da mais dura batalha do Homem contra a Natureza e da medida extrema da capacidade física e mental de cada um. Representa o tipo de teste a que se sobrevive por um triz e de que se emerge uma pessoa melhor.” Conhecemos o João naquela altura, acabado de chegar da dura recuperação que a montanha lhe cobrou, órfão do amigo Pascal que o acompanhava neste enorme desafio. Simples, gentil e de uma simpatia e naturalidade absolutamente indescritíveis surpreendeu. Quem esperaria que depois de se tornar um dos menos de 1% que escalaram a mais alta montanha do mundo sem recorrer a oxigénio artificial seria uma pessoa de uma humildade absolutamente desarmante? Não sabemos como era antes de este momento embora suspeitemos, mas sem dúvida que Shackleton sabia o que dizia quando referia que se “emerge uma pessoa melhor” de semelhante façanha.

Mais de 20 anos mais tarde, João Garcia continua o mesmo. Tornou-se o 10º alpinista no mundo a escalar todas as 14 montanhas com mais de oito mil metros sem auxílio de oxigénio artificial nem carregadores de altitude, escalou os sete cumes mais altos de cada continente, não parando nunca e permanece como sempre o conhecemos: uma fonte de inspiração. Hoje, na sua página de facebook partilhou as seguintes palavras: “Faz hoje 22 anos que eu e o Pascal subimos ao cume do Evereste sem Sherpas nem recurso a oxigénio suplementar. Mas a descida tardia tornou-se num pesadelo que me marcou para sempre. Dois anos depois consegui subir ao cume de outra montanha com mais de 8000 metros provando que ‘o magnífico não é não cair mas saber levantar-se’.” Há precisamente um ano, em entrevista, disse-nos acreditar que “a felicidade não é um sítio, é um percurso”. Temos uma enorme honra e uma extrema alegria em até hoje contarmos com ele como amigo verdadeiramente inspirador!

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