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OSAKA – TÓQUIO – QUIOTO

Visitámos as três mais marcantes cidades japonesas. Em Osaka sente-se a vibração do mundo financeiro e económico, em Tóquio a contemporaneidade alia-se na perfeição a um passado rico e Quioto recorda o aspecto cultural japonês no seu melhor. Dizemos-lhe como e porquê.

Osaka

É a terceira cidade japonesa com maior densidade populacional e uma das mais antigas do país, apresentando vestígios de palácios imperiais do século IV, destacando-se entre os seus monumentos o Castelo de Osaka, do século XVI, um dos mais importantes símbolos da cidade. Actualmente é considerada como um dos mais importantes centros de negócios e finanças do mundo e representa um dos mais influentes centros de comando da economia asiática. Nos dias úteis, a sua população aumenta exponencialmente, sendo inúmeros os casos de deslocação de verdadeiras massas para ali desempenharem as suas funções profissionais ou para estudar. Fundada na Era Edo, também conhecida como período da paz ininterrupta, remonta a 1603-1868, durante a qual o Japão foi governado por xoguns da família Tokugawa, numa época de relativa paz e durante a qual se valorizou o investimento nas artes, como o teatro Kabuki, a pintura em madeira, a arte do chá, a escrita e a educação e marcada também pelo desenvolvimento da agricultura e da construção civil no que diz respeito às ligações por estrada, o que veio facilitar o posterior desenvolvimento económico do país. Ao longo deste período, Osaka era muitas vezes referida como a cozinha da nação pois representava o centro nacional de comércio de arroz e de armazenamento de peixe e de grãos. Osaka, ou Monte Grande se optarmos pela tradução do nome, é uma cidade vibrante, em movimento e em contínua ascensão que seduz ao primeiro olhar. Dizemos-lhe o que dela não pode perder:

Castelo de Osaka:

Com construção iniciada em 1583, o Castelo de Osaka foi erguido sobre duas plataformas de terra com muralhas de pedra aparelhada e cercado por um fosso inundado, como acontecia nos castelos europeus. Constitui um forte polo de atracção turística na estação dos festivais, ou quando começam a florescer as cerejeiras e os campos do castelo se enchem de vendedores de comida e intérpretes de taiko, um conjunto de instrumentos de percussão especialmente tradicionais e apreciados no Japão, que ali terão chegado por influência coreana e chinesa.

Universal Studios Japan

Um dos quatro parques temáticos da Universal Studios, é bastante semelhante ao Universal Orlando Resort, com a Goldman Sachs como seu maior acionista. As principais atracções com que conta são The Wizarding World of Harry Potter, Black Lane e Hogwarts Express Photo Op.

Dotonbori

Correndo ao longo do canal homónimo, trata-se de um bairro de restaurantes e de entretenimento nocturno muito animado, caracterizando-se por um ambiente de grande excentricidade e de grandes telas iluminadas com anúncios que brilham pela noite fora.

Aquário Kaiyukan

Trata-se de um dos maiores aquários do mundo, explorando ambientes desde o Ártico até à vida marinha tropical.

Tsūtenkaku

Ou Torre que Chega ao Céu, é uma das imagens de marca de Osaka, com 103 metros de altura, proporcionando vistas até ao 91º metro sobre toda a cidade. Esta torre que anuncia a marca Hitachi desde a década de 50 não é a original, erguida em 1912 mas destruída por um grave incêndio.

Templo budista de Shitennō-ji

Construído em 593, trata-se do mais antigo templo oficialmente administrado no Japão.

Umeda Sky Building

A plataforma de observação deste edifício consiste numa ponte que liga as duas torres do Umeda Sky Buildind, cujo tecto desenha um círculo aberto, proporcionando uma vista desobstruída de 360 graus. Enquanto aprecia uma vista de tirar a respiração pode também sentir a força do vento, que a 170 metros do chão pode tornar-se bastante intensa. Do observatório pode observar toda a cidade até à Ilha Awaji. Cá em baixo, a rua Takimi-Koji expõe imagens da cidade pertencentes aos anos 20.

Tóquio

Quando em 1686 foi assumida como capital imperial, viu alterado o seu nome de Edo (estuário em português) para Tó (leste) + quio (capital). A cidade mais populosa do nosso planeta é um destino vibrante e cheio de história e contemporaneidade que prometem seduzir o mais exigente dos viajantes. Nem as inúmeras desgraças que ali aconteceram conseguiram retirar-lhe o brilho ou o protagonismo. Em 1657 sofreu um terrível incêndio que levou consigo perto de cem mil mortos, um devastador terramoto em 1923, que destruiu a cidade e arrasou cerca de 140 mil pessoas e durante a Segunda Guerra Mundial foi fustigada pelos bombardeiros, que novamente a destruíram, contabilizando-se 150 mil mortos e uma queda de densidade populacional local para metade dos valores anteriores ao conflito. Irredutível, Tóquio reergueu-se uma e outra vez, chegando 20 anos após a Grande Guerra a ocupar a posição de segunda maior economia do mundo. Mostramos-lhe o que ver e o que fazer nesta impressionante cidade do oriente.

Parque de Shinjuku Gyoen

Um dos maiores e mais populares parques de Tóquio, o Shinjuku Gyoen foi criado no período Edo para servir de residência feudal antes de ser transformado num jardim botânico em 1903 pela família imperial, que ali acolhia os seus convidados. Foi quase completamente destruído aquando da Segunda Guerra Mundial, renascendo como parque público em 1949. Inclui três tipos de jardins distintos; o jardim com paisagem japonesa, o jardim com paisagem britânica e o jardim com paisagem francesa e ainda uma encantadora estufa com espécies tropicais e subtropicais.

Senso-ji

Localizado em Asakusa, trata-se de um antigo templo budista, o mais antigo e mais importante de Tóquio, que chega a receber mais de 30 milhões de visitantes por ano. Fundado em 654 d.C., foi bombardeado durante um raide aéreo que decorreu a 10 de Março sobre Tóquio durante a Segunda Grande Guerra, sendo mais tarde reconstruído e assumindo o símbolo de renascimento e de paz no Japão.

Museu Yayoi Kusama

Inaugurado em 2017, o museu da arrojada e avant-garde artista Yayoi Kusama merece uma visita que lhe permitirá actualizar-se relativamente ao que de melhor tem sucedido na arte japonesa contemporânea.

Museu Nacional de Tóquio

Localizado no Parque Ueno, em Taito-ku, o Museu Nacional de Tóquio trata-se do mais antigo museu do Japão e guarda mais de 110 mil objectos pertencentes a várias eras da história do Japão, 610 dos quais foram classificados como propriedade cultural de importância e 87 pertencem ao Tesouro Nacional Japonês.

Shibuya

Shibuya é o cruzamento onde se encontram as mais movimentadas estações do mundo: Shinjuku e Shibuya. É impressionante visitar este cruzamento sobretudo à noite, com as iluminações dos automóveis e das publicidades de néon e com um autêntico mar fervilhante de gente.

Santuário Meiji Jingu

Santuário xintoísta localizado no Parque Yoyogi, representa um dos mais visitados templos de Tóquio, merecendo visita especialmente aos domingos, dia em que ocorrem casamentos e em que se pode facilmente apreciar a preparação das noivas e observar os convidados ricamente vestidos e os belos quimonos que ali desfilam.

Nakameguro

Trata-se de um dos melhores locais de Tóquio para se apreciar as flores de cerejeira. Bairro artístico, esconde cafés e boutiques encantadores que constituem uma alternativa tranquila ao bulício da cidade.

Tóquio Skytree

Com 634 metros de altura, consiste na mais alta torre do mundo, representando um dos mais fortes polos de atracção turística.

Quioto

Fundada no século I, foi capital do império japonês até 1868, sendo conhecida como a Velha Capital, a Cidade dos Samurais ou a Capital de Mil Anos. Erguida de acordo com o tradicional costume chinês feng-shui, está localizada num vale, com a frente do palácio imperial virada a sul. Sofreu uma destruição maciça aquando da guerra civil de 1467-77 e foi considerada alvo durante a Segunda Guerra Mundial para bombardeamento com a bomba atómica pelos Estados Unidos da América, tendo derradeiramente sido poupada graças ao secretário de guerra nas administrações de Roosevelt e de Truman, Henry L. Stimson, que ali tinha passado a lua-de-mel e que desejava que este polo cultural que também visitou em deslocações diplomáticas fosse poupado. Como resultado, em Quioto encontramos ainda construções anteriores à guerra, tal como as tradicionais machiya, as típicas casas de madeira. Com uma base económica fortemente assente nas novas tecnologias, Quioto mantém, no entanto, uma forte relação com o passado, contando com mais de dois mil lugares religiosos, dos quais 1600 são templos budistas e 400 xintoístas, sendo ainda inúmeros os palácios, jardins e a arquitectura que se encontram intactos, fazendo de Quioto uma das mais bem preservadas cidades do Japão. Deixamos-lhe algumas sugestões do que não poderá perder quando ali chegar.

Templo de Kiomuzu-dera

Templo budista, integra a listagem dos Monumentos Antigos da Antiga Quioto, foi classificado como Património Mundial pela UNESCO e em 2007 fez parte das propostas para constituir uma das sete maravilhas do mundo, tendo ficado afastado. Este local é particularmente popular no verão, aquando do Festival Obun, e na passagem do ano, altura em que os terrenos circundantes se enchem de vendedores de comidas e de lembranças tradicionais.

Templo de Kinkaku-ji

Ou Templo do Pavilhão Dourado, como é mais conhecido, é de visita obrigatória. À excepção do rés-do-chão, todo o pavilhão se encontra coberto com uma folha de ouro puro, dele emanando um amarelo irradiante, que ilumina o lago em seu torno.

Santuário Fushimi Inari Taisha

Localizado no sopé do Monte Inari, é um dos ex-líbris de Quioto e representa um dos principais santuários xioístas do Japão. É muito famoso pelos seus trilhos, montanha acima, ladeados por milhares de de torris vermelhos.

Vila Imperial de Katsura

Um dos tesouros culturais da cidade, constitui uma obra-prima da jardinagem japonesa, o mesmo se passando com os edifícios, que são um ex-líbris da arquitectura oriental.

Rua Pontocho

Considerada por muitos como a mais bela rua de Quioto, é uma rua estreita, cuja visita se aconselha principalmente à noite, quando os candeeiros típicos se acendem em tons avermelhados e amarelos, criando-se assim toda uma atmosfera de mistério.

Bairro de Arashiyama

Neste bairro será imperdível fazer uma visita à Floresta de Bambu e observar uma maiko (ou aprendiz de gueisha) e onde poderá ainda visitar o Templo de Otagi Nenbutsu-ji, ou o Templo das 1200 Estátuas, como é conhecido, onde estão retratados os discípulos de Buda.

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